Ei, você conhece um celíaco?
Este blog foi elaborado,com o objetivo de repassar informações adquiridas e vivências, sobre uma doença autoimune pouco conhecida e de difícil diagnóstico, a Doença Celíaca por Glúten. Você já reparou quando vai fazer compras, as embalagens dos alimentos que vem com as observações "CONTÉM GLÚTEN" ou NÃO CONTÉM GLÚTEN"? um celíaco não pode comer nada que contém glúten. Muito prazer meu nome é Elizete, você acaba de conhecer um celíaco.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Descubra se você é alérgico ao glúten
GLÚTEN, "O VENENO NOSSO DE CADA DIA".wmv
Você sabe o que é glúten?
Glúten e doenças da tireóide
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Texto extraído da MdeMulher Saúde
Quais os sintomas de intolerância alimentar
Os vilões da sua saúde podem estar no prato. Muita gente passa mal porque tem intolerância alimentar, principalmente à lactose e ao glúten
Publicado em 11/04/2013
Reportagem: Helena Fruet / Edição: MdeMulher
Conteúdo VIVA!MAIS
A intolerância alimentar ocorre quando o corpo tem dificuldades para digerir alguma substância presente nos alimentos
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Se estes sintomas se repetirem toda vez que você come algum alimento, pode ser indício de intolerância ou de alergia. É o seu caso? Consulte um médico!
- Gases
- Diarreia
- Aumento de secreção no nariz
- Dor de cabeça
- Dificuldade para respirar
- Inchaço abdominal
- Problemas digestivos
- Gases
- Diarreia
- Aumento de secreção no nariz
- Dor de cabeça
- Dificuldade para respirar
- Inchaço abdominal
- Problemas digestivos
É mais comum ter intolerâncias a:
Lactose
A reação se manifesta quando o corpo tem deficiência na produção da enzima lactase, que digere a lactose (o açúcar do leite). Pode causar diarreia, gases, cólicas, dores de cabeça e aumento da secreção do nariz. O jeito é ficar longe de leite e derivados. Ou tomar, sob recomendação médica, lactase em cápsulas (importada).
Glúten
Quando o corpo entende que o glúten (proteína presente no trigo, malte, cevada e centeio) é um inimigo, ativa o sistema de defesa contra ele. As consequências da doença celíaca (como é chamado o problema) são diarreia, anemia e problemas digestivos. "O consumo do glúten por celíacos pode causar até câncer de intestino", alerta a nutricionista Priscilla Kakitsuka. A saída é conferir o rótulo dos alimentos antes de comprar.
Corantes e conservantes
Ao entrar em contato com esses aditivos, a defesa de quem tem intolerância a eles entra em ação. A pessoa tem sintomas como diarreia, cólicas e gases. Além dos corantes, as substâncias que causam mais estrago são aspartame, nitratos, nitritos e glutamato monossódico. A solução é não chegar perto deles.
Intolerância ou alergia?
Lactose
A reação se manifesta quando o corpo tem deficiência na produção da enzima lactase, que digere a lactose (o açúcar do leite). Pode causar diarreia, gases, cólicas, dores de cabeça e aumento da secreção do nariz. O jeito é ficar longe de leite e derivados. Ou tomar, sob recomendação médica, lactase em cápsulas (importada).
Glúten
Quando o corpo entende que o glúten (proteína presente no trigo, malte, cevada e centeio) é um inimigo, ativa o sistema de defesa contra ele. As consequências da doença celíaca (como é chamado o problema) são diarreia, anemia e problemas digestivos. "O consumo do glúten por celíacos pode causar até câncer de intestino", alerta a nutricionista Priscilla Kakitsuka. A saída é conferir o rótulo dos alimentos antes de comprar.
Corantes e conservantes
Ao entrar em contato com esses aditivos, a defesa de quem tem intolerância a eles entra em ação. A pessoa tem sintomas como diarreia, cólicas e gases. Além dos corantes, as substâncias que causam mais estrago são aspartame, nitratos, nitritos e glutamato monossódico. A solução é não chegar perto deles.
Intolerância ou alergia?
Alergia alimentar
O organismo acha que uma substância é "invasora" e produz anticorpos contra ela, gerando um processo inflamatório. Amendoim e frutos do mar são alergênicos muito comuns.
Intolerância alimentar
Ocorre quando o corpo tem dificuldades para digerir alguma substância presente nos alimentos. Entre os principais vilões estão glúten, conservantes, corantes e lactose.
Você já ouviu falar em fenilcetonúria?
A fenilcetonúria é uma alteração genética que pode ser identificada pelo teste do pezinho. Ela impede que o organismo absorva o aminoácido fenilalanina, presente nas proteínas de vegetais (como feijão e arroz) e de animais (como leite - inclusive o materno - e seus derivados) e no adoçante de aspartame. Pode causar danos cerebrais irreversíveis se não for descoberta cedo. Por isso, é muito importante fazer o teste na maternidade. Acesse o site da Anvisa para saber quais são os alimentos que mais contêm a substância: http://abr.io/fenilcetonuria
O organismo acha que uma substância é "invasora" e produz anticorpos contra ela, gerando um processo inflamatório. Amendoim e frutos do mar são alergênicos muito comuns.
Intolerância alimentar
Ocorre quando o corpo tem dificuldades para digerir alguma substância presente nos alimentos. Entre os principais vilões estão glúten, conservantes, corantes e lactose.
Você já ouviu falar em fenilcetonúria?
A fenilcetonúria é uma alteração genética que pode ser identificada pelo teste do pezinho. Ela impede que o organismo absorva o aminoácido fenilalanina, presente nas proteínas de vegetais (como feijão e arroz) e de animais (como leite - inclusive o materno - e seus derivados) e no adoçante de aspartame. Pode causar danos cerebrais irreversíveis se não for descoberta cedo. Por isso, é muito importante fazer o teste na maternidade. Acesse o site da Anvisa para saber quais são os alimentos que mais contêm a substância: http://abr.io/fenilcetonuria
texto extraído da Mdemulher Saúde
Pílula promete ser solução para intolerância a glúten
Enzima especial criada em laboratório promete ser a saída para a digestão do glúten e o fim do sofrimento do intestino
Publicado em 04/07/2013
Reportagem: Talita Eredia / Edição: MdeMulher
Conteúdo SAÚDE
A pílula vai permitir que celíacos comam alimentos com glúten, como pães e bolos
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
A manipulação genética da enzima de uma bactéria deve melhorar a vida de quem não pode comer a proteína presente no trigo, na aveia e na cevada. Pesquisadores das Universidades de Washington e da Califórnia, ambas nos Estados Unidos, uniram-se para criar um medicamento que permite aos celíacos consumir esses alimentos sem as consequências desagradáveis da intolerância - dores abdominais, diarreia crônica, flatulência e desnutrição. "Queremos aprimorar essa enzima para que ela resista às condições ácidas do estômago e quebre o glúten no órgão, antes de prejudicar o intestino", diz a americana Ingrid Swanson Pultz, uma das integrantes do projeto. A molécula conseguiu processar mais de 95% da proteína nas experiências feitas até agora. Os testes com animais ainda não começaram, por isso a boa nova para a turma dos celíacos será anunciada somente daqui a alguns anos.
Entenda a doença celíaca
Pessoa saudável
A mucosa do intestino delgado possui vilosidades, semelhantes a dedos, que aumentam a superfície de absorção de nutrientes como carboidratos e proteínas, além de ferro, cálcio e vitaminas.
Celíaco
Ao chegar ao intestino, o glúten estimula a produção de anticorpos que atrofiam esses "dedos", reduzindo a área de absorção. Por isso, a pessoa desenvolve problemas nutricionais sérios.
Entenda a doença celíaca
Pessoa saudável
A mucosa do intestino delgado possui vilosidades, semelhantes a dedos, que aumentam a superfície de absorção de nutrientes como carboidratos e proteínas, além de ferro, cálcio e vitaminas.
Celíaco
Ao chegar ao intestino, o glúten estimula a produção de anticorpos que atrofiam esses "dedos", reduzindo a área de absorção. Por isso, a pessoa desenvolve problemas nutricionais sérios.
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I LOVE TAPIOCA
Texto extraído da mdemulher sáude
O que é que a mandioca tem: as vantagens do consumo da raiz
Barata, resistente, nutritiva e cheia de carboidratos especiais, ela foi eleita pela Organização das Nações Unidas o alimento do século 21. Conheça as vantagens dessa raiz que brota de norte a sul no Brasil
Atualizado em 03/09/2013
Reportagem: Silvia Lisboa | Edição: MdeMulher
O alimento já foi chamado de "rainha do Brasil"
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Na mesa do jamaicano Usain Bolt, o homem mais veloz do mundo, não falta mandioca. Ela é a principal fonte de energia atleta, segundo revelou seu pai durante as Olimpíadas de Pequim em 2008. E faz sentido: essa raiz tem dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose, que, juntos, liberam a glicose mais lentamente para o corpo. Isso facilita a digestão, evita picos de açúcar no sangue e dá gás de sobra para o dia a dia.
Mas não é preciso ser medalhista para tirar proveito do alimento que já foi batizado de a "rainha do Brasil". Tanto é que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem endossando sua produção e seu consumo mundo afora. A entidade quer acabar com o status de "comida de pobre" e utilizá-la inclusive para combater a fome.
Fonte de fibras e isenta de glúten - qualidade que a faz não pesar tanto na digestão -, a raiz carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e nas formas de preparo. Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim pra ela. "A mandioca é um camelo vegetal", brinca o engenheiro agrônomo Joselito Motta, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, fazendo referência ao fato de que a planta cresce em solos pobres e resiste a períodos de seca. Ah, ela ainda é barata: custa em média 2 reais o quilo, 30% a menos que a batata.
Mas não é preciso ser medalhista para tirar proveito do alimento que já foi batizado de a "rainha do Brasil". Tanto é que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem endossando sua produção e seu consumo mundo afora. A entidade quer acabar com o status de "comida de pobre" e utilizá-la inclusive para combater a fome.
Fonte de fibras e isenta de glúten - qualidade que a faz não pesar tanto na digestão -, a raiz carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e nas formas de preparo. Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim pra ela. "A mandioca é um camelo vegetal", brinca o engenheiro agrônomo Joselito Motta, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, fazendo referência ao fato de que a planta cresce em solos pobres e resiste a períodos de seca. Ah, ela ainda é barata: custa em média 2 reais o quilo, 30% a menos que a batata.
Mandioca X batata
Por falar na sua rival, a mandioca leva certas vantagens. "Ela possui maior quantidade de vitaminas A, B1, B2 e C", diz a nutricionista Maria Carolina von Atzingen, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Fazendo justiça, porém, precisamos avisar que a abundância em energia traz um efeito colateral: 100 gramas de mandioca têm quase três vezes mais calorias que a mesma porção de batata - são 160 calorias contra 58.
Só que isso não deve assustar quem se preocupa com o peso. "A composição de carboidratos da raiz faz com que ela prolongue a saciedade", conta Rafaella Allevato, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital San Paolo, na capital paulista. Não por menos, a mandioca costuma ter passe livre em dietas e é indicada a diabéticos. "Ao contrário de outras fontes de carboidrato, ela não gera picos de glicemia", diz Rafaella. Agora, note bem: justamente por ser um reduto desse nutriente, é prudente que ela não seja misturada nas refeições com outros depósitos de carboidrato, como arroz, macarrão...
Alegria dos celíacos
Por ser livre de glúten, a mandioca é queridinha de outra parcela da população, os portadores de doença celíaca - estima-se que sejam 2 milhões só no Brasil. Graças a seus derivados como a farinha e o polvilho, os celíacos conseguem ampliar o limitado cardápio de quem não pode ingerir a proteína que dá as caras no trigo, por exemplo. Segundo Ana Vládia Bandeira Moreira, professora de nutrição da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, o tubérculo ainda ajudaria a conter episódios de diarreia nessa turma. Aliás, a raiz é uma boa pedida diante de diversos problemas que atrapalham o ganho de nutrientes. Tudo por causa daquele lento processo de absorção dos carboidratos, que dá ao organismo mais tempo para assimilar outros compostos. Na hora de cozinhar a mandioca, uma dica: adicione um fio de óleo na água. "Isso auxilia na retenção das vitaminas", garante Ana Vládia.
Apesar de estar presente há cerca de 7 mil anos na Amazônia, a mandioca só ficou mais nutritiva nas últimas décadas. A variedade que hoje está presente na mesa do brasileiro, branca na feira e amarelada após o cozimento, tem dez vezes mais vitamina A que a cultivada no tempo do descobrimento. Ela é resultado de um processo gradual de melhoramento genético, realizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e pela Embrapa, que cruzaram diferentes espécies até chegar a um tipo saudável e resistente a pragas. Agora, o IAC vai lançar uma nova variedade ainda mais vitaminada e rica em antioxidantes, substâncias que combatem o envelhecimento celular e reduzem o risco de doenças ligadas à idade, como o câncer. Segundo a pesquisadora do IAC Teresa Valle, a nova espécie terá 900 unidades internacionais (UI) de vitamina A, contra 220 UI da consumida atualmente, e deve chegar ao mercado em 2014. Pelo visto, se depender da mandioca, Usain Bolt vai quebrar recordes até ficar com os cabelos bem brancos.
Raiz histórica
O Brasil é a terra natal da mandioca. Do centro do país, o tubérculo se espalhou por mais de 100 nações desde a chegada dos portugueses. Sua importância era tanta nos tempos de colônia que o padre José de Anchieta a batizou como o "pão da terra". Citada na carta de Pero Vaz de Caminha, ela acabou adotada pelos lusitanos. "Não fosse sua presença, a ocupação das terras brasileiras teria sido mais difícil", diz Joselito Motta. Não à toa, o historiador Luís da Câmara Cascudo chamou a planta de a "rainha do Brasil."
Tesouro de nutrientes - o que há em 100 g de mandioca
Calorias (Kcal)........................160
Proteínas (g)..........................1,36
Lipídeos (g)............................0,28
Carboidratos (g)...................38,06
Fibras (g).................................1,8
Cálcio (mg)...............................16
Vitamina C (mg).....................20,6
Proteínas (g)..........................1,36
Lipídeos (g)............................0,28
Carboidratos (g)...................38,06
Fibras (g).................................1,8
Cálcio (mg)...............................16
Vitamina C (mg).....................20,6
Ao gosto do freguês
Ela pode ser degustada cozida, frita, em purê e dá origem a tapioca, polvilho e farinha. Confira:
1. Cozida
O tempo no fogão costuma variar dependendo da colheita. Em geral, levam-se 15 minutos em fogo alto com água e um fio de óleo. O segredo para deixá-la macia é mantê-la imersa na água do cozimento até o momento de servir.
2. Farinha
Entra na receita de massas e bolos e é a base da tradicional farofa, que vai bem com feijoada e carne de sol. Para prepará-la, é indispensável usar óleo ou manteiga. Então, cuidado com os excessos.
3. Tapioca
Priorize a goma fresca para sentir mais o sabor. O importante no preparo é não dourar a tapioca: coloque na frigideira, vire-a e retire imediatamente. Sirva-a branquinha e, no recheio, use a imaginação.
4. Polvilho
Prefira os tipos frescos, menos industrializados, que têm sabor mais marcante. O azedo é usado no pão de queijo e nos sequilhos. O doce é ingrediente da chipa, biscoito da culinária paraguaia.
5. Frita
Eis a tentação dos botecos. Antes de fritar, é preciso cozinhar a mandioca e mantê-la imersa na água até o momento de cortar e levar à panela com óleo. Uma alternativa mais saudável são as fritadeiras elétricas à base de água.
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sábado, 20 de julho de 2013
Viver sem Glúten: Conheça o melhor amigo do seu intestino
Viver sem Glúten: Conheça o melhor amigo do seu intestino: Sensível ao glúten ? Conheça o melhor amigo de seu intestino! Quarta-feira, 3 de julho, 2013 Dra. Vikki Petersen Você tem doenç...
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Viver sem Glúten: TDAH e Alimentação (França)
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Doença celíaca e sensibilidade ao glúten: o que sabemos sobre isso?
Notícia publicada na edição de 03/07/13 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 11 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
* Ana Vládia Bandeira Moreira
Uma das principais causas da restrição ao glúten é a doença celíaca (DC), um processo inflamatório crônico que afeta o sistema autoimune do organismo e que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. A DC pode se manifestar em qualquer fase da vida, com ou sem apresentação de sintomas. O paciente celíaco pode apresentar o sintoma típico, que é a diarreia crônica onde as fezes apresentam características pálida, aquosa, volumosa e fétida devido à má absorção de gordura. Além disso, há um comprometimento do estado nutricional e carências vitamínicas múltiplas.
O indivíduo pode manifestar outros sintomas como a baixa estatura, osteoporose, anemia, atraso puberal, hipoplasia do esmalte dentário, edemas, artrites ou dores nas articulações, constipação intestinal e até dermatite hepertiforme, o que pode dificultar no diagnóstico da doença. Além da DC e alergia ao trigo, há casos de reações ao glúten no qual os mecanismos não alérgicos ou autoimunes estão envolvidos. Estes são geralmente definidos como sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC).
Atualmente os estudos têm aprofundado em relação às hipersensibilidades alimentares e muitos destes estudos têm como enfoque o trigo, entre outros alimentos que apresentam glúten. Além da doença celíaca, outras manifestações podem ser observadas pela presença do glúten como distúrbios da tireóide, diabetes tipo l e nefropatias. As principais reações adversas ao glúten podem causar sintomas como flatulência, dor abdominal, diarréia, dor articular, náusea, síndrome da fadiga crônica, asma, deficiência nutricional, estresse, gastrite, esofagite, distúrbios hepáticos, distúrbios da tireóide, das articulações e neurológicos.
Os efeitos da gliadina, uma das proteínas que compõe o glúten do trigo, na permeabilidade da mucosa intestinal é um dos principais fatores que relaciona o glúten com outras doenças autoimunes, metabólicas e reações adversas apresentadas anteriormente. Na sensibilidade ao glúten não celíaca ( SGNC ), o contato com a substância não leva a danos específicos no intestino delgado. Contudo, os sintomas gastrointestinais assemelham-se aos associados à DC e o quadro clínico não é acompanhado pela concordância de autoanticorpos -como a antitransglutaminase, específica para diagnóstico de reações ao glúten ou outro anticorpo específico da doença celíaca. Atualmente, o diagnóstico de SGNC é de exclusão. No entanto, esta abordagem carece de especificidade e está sujeita ao risco de um efeito placebo da dieta de eliminação na melhoria dos sintomas.
Uma das doenças correlacionadas ao glúten é o diabetes tipo 1 (DT 1). Alguns estudos têm demonstrado a relação da ingestão de proteínas com o desenvolvimento desta doença, tais como as proteínas do trigo, da soja e do leite. Dentre eles, observou-se que o consumo do glúten é um potente desencadeador ou potencializador de alguns casos de DM 1. Ademais, observa-se que a prevalência da DC em diabéticos do tipo 1 é de 4% a 8% dessa população. Neste grupo (portadores de DT 1 e DC), a restrição ao glúten se mostra eficaz na redução das complicações decorrentes da DC e também exerce grande impacto sobre complicações diabéticas, como as nefropatias - inflamação renal ocasionada pelo diabetes.
Nesse contexto, verifica-se que a maioria dos indivíduos geneticamente suscetíveis à DT1 estão expostos a um ou vários agentes ambientais, porém com período de desencadeamento e sintomas variados. Esses agentes ambientais não são necessariamente considerados diabetogênicos - algo que pode levar a ocorrência do diabetes - pois podem também ser relacionados às alterações da mucosa intestinal que comprometem o sistema imunológico e, possivelmente, são desconsiderados no entendimento da doença. Assim, evidencia-se que fatores ambientais como a ingestão do glúten podem afetar a ocorrência do diabetes dependendo da frequência, da quantidade e da idade de exposição ao glúten.
O tratamento da DC assim como da SGNC consiste em dieta sem glúten, devendo-se, portanto, excluir da alimentação tudo o que contenha trigo, centeio, cevada e aveia. Com a instituição de dieta totalmente sem glúten, há normalização da função intestinal e das manifestações clínicas. Porém, no caso de diagnóstico tardio, pode haver alteração da permeabilidade da membrana intestinal por longo período de tempo e a absorção de moléculas alimentares de grande peso molecular, como proteínas, por exemplo. Poderá desencadear quadro de hipersensibilidade alimentar, resultando em manifestações alérgicas. Contudo, é sabido da importância da informação e orientação nutricional visando melhoria na qualidade de vida, tanto da doença celíaca como da sensibilidade ao glúten não celíaca.
Considerando toda a evolução para se chegar ao conhecimento do diabetes tipo II, como uma patologia não genética, mas de ocorrência na maioria dos indivíduos envolvidos em questões ambientais como sobrepeso, hábitos alimentares não saudáveis e ausência da prática de atividade física, questiona-se se não estamos diante de um futuro quadro de Doença Celíaca tipo II, visto que a forma de diagnóstico não responde da mesma maneira que no doente celíaco clássico, ou seja, ao geneticamente predisposto.
Enfim, são muitos os questionamentos para podermos refletir ao longo do processo de estudo e de pesquisas que o mundo inteiro está envolvido ao tentar entender estes dois universos: doença celíaca e sensibilidade do glúten. Na prática clínica o que observamos é que o indivíduo sensível hoje, não tratado, evolui para danos de mucosa e acabam por manifestar a doença celíaca. A pergunta é: os sensíveis ao glúten de hoje, são os celíacos de amanhã?
Neste sentido, cabe particularmente ao profissional nutricionista elaborar e orientar a terapia dietética e corrigir déficits nutricionais, excluindo o glúten e seus derivados da dieta definitivamente para os pacientes celíacos e fazer a dieta de exclusão e recolocação para os pacientes com sensibilidade ao glúten, observando os sintomas para direcionar condutas mais seguras e eticamente mais eficazes.
* Ana Vládia Bandeira Moreira é nutricionista, com mestrado e doutorado em ciência dos alimentos pela USP. É professora do Departamento de Nutrição e atualmente coordena do projeto de extensão Pró-celíaco da Universidade Federal de Viçosa.
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TEXTO EXTRAÍDO DA VITRINE DIGITAL@
Doença celíaca está relacionada a infecções repetidas na infância, aponta estudo | |
Doença da moda? Segundo o gastroenterologista Silvio Gabor, muitos pacientes o questionam se a doença celíaca é uma "nova doença", surgida nos últimos tempos. Durante a Segunda Guerra Mundial, em meio ao grande racionamento alimentar, um pediatra holandês verificou que crianças com afecção celíaca melhoravam, apesar da grave falta de alimentos, e atribuiu essa melhora à baixa oferta de cereais na época. Ainda no século XX, médicos ingleses demonstraram que o glúten era o que provocava a doença e descreveram as alterações da mucosa do intestino de pacientes celíacos operados. Coube a dois americanos o desenvolvimento de um aparelho capaz de acessar e biopsiar a mucosa intestinal sem a necessidade de cirurgia, facilitando o diagnóstico da doença. A doença celíaca é uma doença autoimune, que atinge cerca de 1% da população mundial e cerca de 900 mil brasileiros. É caracterizada pela intolerância permanente ao glúten em indivíduos geneticamente predispostos. Mais especificamente é uma intolerância a uma proteína presente no trigo, na aveia, no centeio e na cevada (e seu subproduto malte), cereais utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas e até mesmo de alguns cosméticos. Quando esses cereais são ingeridos e atingem a porção inicial do intestino delgado, provocam uma reação imunológica que leva a um processo inflamatório crônico desta região, prejudicando a absorção dos alimentos, dos sais minerais e de outros nutrientes. — A doença celíaca é mais comumente diagnosticada entre o primeiro e terceiro ano de vida, mas pode manifestar-se em qualquer idade, inclusive em adultos e idosos — observa o gastroenterologista. Sintomas da doença celíaca De acordo com seus sintomas, a doença celíaca pode ser classificada em clássica, não clássica e assintomática. Clássica: as primeiras manifestações podem ocorrer entre o primeiro e o terceiro anos de vida. Caracteriza-se por diarreia crônica devida a ingestão de trigo, emagrecimento, falta de apetite, desnutrição, déficit de crescimento e de ganho de peso, anemia por deficiência de ferro e/ou vitamina B12, distensão abdominal, glúteos atrofiados, braços e pernas finos, apatia e em casos mais graves de desnutrição que pode levar à morte. Os adultos podem apresentar esterilidade ou abortos de repetição, osteoporose, hemorragias, tetania e câncer de intestino delgado. Não clássica: as alterações intestinais não chamam tanto a atenção. Anemia persistente por deficiência de ferro ou vitamina B12, baixo ganho de peso e de estatura, prisão de ventre, manchas no esmalte dos dentes, irritabilidade, fadiga, epilepsia sem causas aparentes, neuropatia periférica, miopatia, depressão, autismo ou esquizofrenia podem estar relacionados a essa forma da doença. Adultos podem apresentar esterilidade ou osteoporose antes da menopausa. Elevações dos níveis sanguíneos de enzimas hepáticas e perda de peso sem causas aparentes podem ser manifestações isoladas da doença celíaca. Assintomática: não existe manifestação da doença apesar dela estar presente. Parentes de primeiro grau de celíacos têm cerca de 10% de chances de desenvolverem a doença e devem ser pesquisados. Se não tratados, estes casos podem evoluir com abortos de repetição, esterilidade, osteoporose precoce e câncer de intestino. Diagnóstico e tratamento da doença celíaca O diagnóstico da doença celíaca pode ser feito por meio de exames laboratoriais como o teste da absorção da D-xilose e da dosagem de gordura nas fezes, que mesmo sendo inespecíficos são bastante úteis diante da suspeita clínica. — Outros exames como a dosagem de anticorpos anti-gliadina, anti-endomisio e anti-transglutaminase são mais específicos e podem chegar a quase 100% dos diagnósticos, com poucos casos de falso positivo ou falso negativo. A biopsia endoscópica do intestino delgado entre a terceira porção do duodeno e o jejuno proximal realizada com pelo menos quatro fragmentos fornece o diagnóstico certeiro da doença celíaca — explica Gabor. O tratamento é feito com a suspensão completa e permanente do glúten da dieta. — Pães, bolos, macarrão, bolacha, pizza, coxinha, quibe, cerveja, whisky, vodka e qualquer alimento ou bebida que possua o glúten na sua composição ou fabricação são proibidos. O glúten pode ser substituído por farinha de arroz, amido de milho, farinha de mandioca, fubá, fécula de batata, trigo sarraceno ou quinôa. O café industrializado deve ser evitado por conter cevada em sua composição. O café, em seu estado puro, é permitido — recomenda o especialista. Convivendo com a doença Como não existem medicamentos ou outros tratamentos diferentes da suspensão do glúten da dieta até os dias atuais, a observação da não ingesta de glúten deve ser rigorosa e para o resto da vida. — Com isso, o paciente portador da doença celíaca poderá ter uma vida normal, tanto do ponto de vista pessoal quanto familiar e profissional — diz o gastroenterologista. Por ter características hereditárias, os parentes de primeiro grau dos celíacos deverão ser avaliados. Quando diagnosticados como portadores da doença deverão ser orientados quanto aos seus hábitos alimentares e cuidados com descendentes diretos. |
sexta-feira, 14 de junho de 2013
BENEFÍCIOS DA QUINOA
segunda-feira, 10 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
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